Quero fazer Letras, e agora?

O curso de Letras é um dos pioneiros na Educação Superior no Vale do Paraíba e na Universidade de Taubaté (UNITAU), com mais de 60 anos de atuação. É lugar comum pensar que o formado em Letras pode atuar somente como professor. Essa é uma das possibilidades, mas se destacam também a função de revisor, de intérprete, de consultor em editoras, de colunista-colaborador de sites e blogs, entre outras.

Além de várias opções de atuação profissional, o curso oferece variedade de temas estudados durante a graduação. “O curso da UNITAU é muito bem estruturado porque trabalha com literatura infantil e juvenil, normas e usos da língua portuguesa, literatura brasileira e portuguesa, literatura comparada, linguística aplicada e tem também toda a parte gramatical”, explica a Profa Me. Isabel Rosangela dos Santos Amaral, coordenadora do curso.

As atividades desenvolvidas não ficam apenas na teoria dentro das salas de aula. Os alunos têm a possibilidade de cumprir estágio em escolas, realizar atividades complementares, pesquisas, iniciação científica e cursos de extensão. “O nosso aluno tem uma visão da educação voltada para o ensino, para pesquisa e para extensão. Nós temos professores de renome na Universidade, um grande número de mestres e doutores”, destaca a docente. “Estudar bastante, continuar a buscar conhecimento. Persistência, tenacidade, resiliência e se manter atualizado”, completa a docente sobre as características do profissional de Letras.

Entre as principais características de um profissional da área está a vontade de ler, de ensinar, de estudar e de aprender. Para quem está interessado em se graduar em Letras, a dica da Profa. Me. Isabel é procurar o máximo de informações sobre o curso. “Uma coisa legal de se fazer, é conversar com alunos egressos, para entender o que eles pensam. A pessoa, quando entra para fazer o curso, precisa saber o terreno em que está pisando, não pode chegar sem saber o que esperar”, finaliza a docente.

Regiane Magalhães Boainain é ex-aluna da Universidade e exemplo do leque de opções que o mercado de trabalho para o graduado em letras oferece. Formada em 2004, atualmente, entre outras funções, é autora de materiais didáticos de literatura em uma editora do Rio de Janeiro, dona do site e canal do YouTube “Veredas do Texto”, mediadora de leitura na Pastoral de Apoio à Criança e apoia a Geladeiroteca na cidade de Piquete-SP e produz sequências didáticas para o edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) literário.

A egressa conta que, antes de chegar onde está, foi preciso adquirir muita experiência realizando estágios durante a graduação. “Fiz estágios em escolas públicas e em colégios particulares. A experiência foi muito bacana, pois um professor de escola pública enfrenta desafios gigantescos. Na particular, comecei a observar que há outras demandas e outras formas de cobrança. É preciso ter muito jogo de cintura e estar muito bem preparado”, frisa.

Após a graduação, o desafio se torna entrar no mercado de trabalho, e, para Regiane, o ensino da Universidade foi fundamental para conseguir suas primeiras ocupações na área. “Arrumei emprego como professora em uma escola particular. Eu me sentia com um conhecimento que me dava sustentação para atuar nesses lugares. Dois anos depois, passei no concurso público do Estado. Não havia estudado para prestá-lo, consegui fazer a prova com o conhecimento adquirido na Universidade”, ressalta a ex-aluna.

Para quem está no curso ou pensa em se graduar em Letras, a dica é não deixar passar nenhuma oportunidade de trabalhar em áreas diferentes. “Infelizmente, ainda se pensa no curso de Letras como um curso que permite formar apenas um professor de português ou inglês. A área de Letras oferece muitas possibilidades ao profissional devido ao excesso de leituras. Quem se gradua no curso é alguém mais humanizado, alguém que passeia pela língua de forma muito tranquila” destaca Regiane.

 

Felipe Rodrigues

ACOM/UNITAU

Foto: Arquivo Pessoal 

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