Que tal começar a semana matando aquelas velhas dúvidas de Língua Portuguesa?
Hoje a gente traz respostas para dúvidas de duas vestibulandas que nos mandaram perguntinhas nos comentários do Blog do SAV, a Ana e a Rachel.
Para responder as duas questões, a gente escalou a professora Ângela Popovic Berbare, que é responsável pela Oficina de Redação do SAV, projeto realizado toda terça-feira, a partir das 15h, na sede do SAV (para participar é só ligar para 0800 557255 ou ir até lá pessoalmente).
E se você também tem alguma dúvida sobre Língua Portuguesa, sobre a escolha da profissão ou sobre o vestibular da UNITAU, não deixe de comentar aqui no blog também, certo?
Bom, agora vamos às questões!
Dúvida da Ana:
Comecei a fazer um curso preparatório de Língua Portuguesa e a professora colocou na lousa duas frases assim: o pobre cego, e o cego pobre, qual a diferença? Conversei com minha amiga e ela disse que eu posso justificar que na frase o pobre cego, poderia ser o pobre no sentido de coitado e o cego no sentido cego da vida, isso confere?
Resposta da Profa. Ângela:
Olá, Ana
Fique tranquila, o importante é estudar e correr atrás para tirar as dúvidas, assim como você está fazendo – procurando o blog do SAV.
Ana, o adjetivo dá qualidade ao substantivo e pode vir antes ou depois dele. Em algumas situações a colocação do adjetivo antes do substantivo pode alterar o sentido.
Exemplo:
amiga velha – amiga idosa
velha amiga – amiga de longa data
Assim, na frase:
Pobre cego – o adjetivo “pobre” significa coitado
No caso da anteposição do adjetivo, há uma avaliação subjetiva.
Já em:
Cego pobre – o pobre, aqui, está relacionado à pobreza
OK??
Mantenha contato, estamos aqui pra ajudar.
Grande abraço
Dúvida da Rachel:
Ouço muitas pessoas usando uma expressão que fico em divida se está certa ou errada. Inclusive já entrei em discussão sobre isso: Ex: Frase: Rachel já deve ter CHEGO…
Rachel deve ter FALO…
Duvida: Nesse caso não seria!?
Rachel já deve ter CHEGADO…
Rachel deve ter FALADO…
POR FAVOR, TIRE ESSA DUVIDA…
Resposta da Profa. Ângela:
Olá, Rachel
Dúvida cruel em que a língua coloquial nos coloca quando precisamos usar o registro formal da língua, né?
“chego” ou “chegado” ???????????
Já ouvimos ou já falamos assim:
Hoje à tarde, vou dar um “chego” da casa de Fulano.
Você lembra o que é particípio?
São formas como “falado”, “estudado”, “bebido”, “ido”
…Muitos verbos têm dois particípios. Na hora de escolherem entre um e outro, as pessoas comumente ficam em dúvida. Dois exemplos: o verbo “salvar” tem dois particípios, “salvo” e “salvado”. O verbo “entregar” também: “entregado” e “entregue”.
Mas, há verbos que só aceitam um particípio como o verbo “fazer” – “feito”, o verbo “falar” – “ falado”, o verbo “chegar” – “chegado”, etc.
Então, cuidado com o verbo “chegar”: apesar de muitos dizerem “Eu tinha chego“, na língua culta o particípio desse verbo é “chegado”. Em situações formais, diga e escreva sempre “Eu tinha chegado“.
Um grande abraço
2 Comentários
Evelyn
18 de maio de 2012 às 21:49Olá, Boa Noite!
Eu tenho grande interesse em realizar o vestibular da Unitau em 2013. Gostaria de obter contato por e-mail para esclarecimentos.
Denise
22 de maio de 2012 às 10:55Oi, Evelyn.
Vamos entrar em contato por e-mail, ok? ;D