#DiaNaHistória: 9 de Julho no Estado de São Paulo

Pausa na tristeza após a derrota da seleção brasileira na semi-final da Copa do Mundo, porque hoje é feriado para quem mora no Estado de São Paulo! Opa, feriado!? Por quê?

Porque, a partir de 1997, o tão esperado descanso paulista de 9 de julho surgiu para relembrar o levante dos revolucionários do Estado de São Paulo contra o governo federal – historicamente conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.

O ano era 1932, mas tudo começara dois anos antes quando Getúlio Vargas, mesmo perdendo as eleições para Julio Prestes, assumira como presidente da República após a Revolução de 30.

Getúlio Vargas, inconformado com a derrota, aliou-se aos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba e estruturou um golpe de Estado a fim de impedir a posse de Julio Prestes. Contando também com o apoio militar, Vargas alcançou seu objetivo e assumiu a presidência. Era o início do Governo Provisório e o fim da República Velha. Algumas das decisões tomadas pelo novo presidente foram: a suspensão da Constituição; a nomeação de interventores em todos os Estados; e a dissolução do congresso nacional, dos congressos estaduais (câmaras e senados estaduais) e das câmaras municipais.

Para o Estado de São Paulo, a uma série nomeações foram feitas pelo presidente e nenhuma delas agradou a oligarquia paulista. Em 1932, começaram os protestos. No dia do aniversário da cidade de São Paulo, 25 de janeiro, aconteceu a primeira grande manifestação, um comício realizado na Praça da Sé reuniu um público estimado em 200.000 pessoas. Outros comícios aconteceram em maio de 1932.

Em fevereiro, os partidos Republicano Paulista e Democrático de São Paulo, que apoiaram a Revolução de 1930 (que empossara Getúlio como presidente), uniram-se na Frente Única exigindo o fim do Governo Provisório e uma nova Constituição.

O estopim para vários protestos de maiores proporções ocorreu em 23 de maio de 1932, quando partidários de Getúlio assassinaram Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, quatro estudantes paulistas – o acontecimento ficou conhecido como M.M.D.C.

No dia 9 de julho, uma nova causa foi incluída às manifestações: a redemocratização por meio da elaboração de uma nova Constituição. Era o início da Revolução Constitucionalista de 1932. Nela mais de 35 mil paulistas lutaram contra cerca de 100 mil soldados de Vargas. As batalhas duraram até 2 de outubro de 1932, quando os paulistas foram derrotados pelas tropas de Getúlio.

Apesar das baixas nas trincheiras, várias conquistas democráticas ocorreram após as manifestações paulistas: em 1933, o povo elegeu uma Assembleia Nacional Constituinte para a elaboração da nova Constituição, que entrou em vigência em 1934; e foi na eleição da Assembleia Constituinte que, pela primeira vez no Brasil, aconteceram o voto secreto e o voto feminino – ambos introduzidos pelo Código Eleitoral de 1932.

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Patricia Zandonadi

Copesa/UNITAU

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