“Ser geógrafo é gostar de sociedade e de estudar os assuntos sociais”

Hoje, dia 29 de Maio, é o Dia do Geógrafo. Para comemorar a data, preparamos uma entrevista exclusiva para vocês aqui no blog com o geógrafo Carlos Eduardo Rodrigues. Formado em 2005 pela UNITAU, ele atua como professor em duas instituições de ensino e hoje veio nos contar um pouco do cotidiano da profissão.

 

 SAV – Como é seu dia a dia de geógrafo?

Carlos Eduardo – Trabalho em duas redes, uma particular e outra municipal e a rotina é muito intensa. São muitas aulas, muitos trabalhos extras, é uma profissão que exige muito da gente. A sala de aula é um ambiente muito rico, formado por uma miscelânea muito grande de sentimentos e relações. Para mim, que trabalho em várias escolas, é uma rotina bastante comprometida e muito intensa. Cada sala é uma realidade, um universo completamente diferente do outro. Estar à frente de uma sala é uma responsabilidade muito grande como educador.

 

SAV – Por que você escolheu a profissão?

Carlos Eduardo – Acredito que seja uma aptidão pessoal. Os assuntos ligados à sociedade e ao meio ambiente sempre chamaram minha atenção. Sempre gostei de discutir esse tipo de assunto e sempre tive um olhar crítico. Acredito que o geógrafo sempre tem esse preceito crítico, porque o nosso trabalho passa por esta questão de questionar a sociedade, tentar reconhecer seus problemas e propor soluções para os problemas que enxergamos.

 

SAV – O que é ser geógrafo para você?

Carlos Eduardo – Antes de mais nada, o geógrafo tem naturalmente um compromisso social. A formação do geógrafo passa por questões sociais muito urgentes. A nossa formação nos incentiva à ação e é uma formação crítica. Ser geógrafo é ser alguém que sabe, ou pelo menos tenta entender, o seu papel na sociedade. As características que um geógrafo deve ter são gostar das pessoas, das questões sociais, ter aptidão para trabalho de campo e gostar da relação homem e natureza. Basicamente, é gostar de sociedade e de estudar os assuntos sociais.

 

SAV – Quais dicas você dá aos vestibulandos que desejam cursar geografia?

Carlos Eduardo – Caso esteja interessado na área de licenciatura, a pessoa precisa primeiro conhecer bem a realidade educacional brasileira, sabendo que vai enfrentar grandes desafios. Muitas vezes, o que a pessoa vai trabalhar em geografia está muito explícito na própria sala de aula, que acaba sendo um laboratório das questões sociais com que ela trabalha. Para a pessoa que pretende trabalhar com bacharelado, é importante saber o que exatamente ela quer. O importante é ir pesquisando quais empresas ou instituições podem fornecer aquilo que se está buscando.

 

SAV – Como a UNITAU contribuiu para sua formação?

Carlos Eduardo – Toda experiência profissional que tenho foi adquirida nos bancos da UNITAU. Fiz a graduação, o bacharelado, a licenciatura e uma especialização na Instituição. Toda minha vivência com laboratórios e alunos foi adquirida dentro da Universidade. Tive ótimos professores e acesso a ótimas oportunidades. A UNITAU realmente foi fundamental na minha formação, não só profissional, mas também humana. A gente aprendeu muito durante esse período de curso superior. As vivências, as experiências e o próprio contato humano foram muito ricos.

 

*Por Allan Torquato

Aluno do curso de Jornalismo e estagiário da UNITAU

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