Vestibular 2020

Vivenciar o dia a dia de uma redação tem sido a rotina de quatro estudantes do 4º ano do curso de Jornalismo da Universidade de Taubaté. Entre reuniões de pauta, entrevistas, exigências da chefia, fotografias, diagramação e deadline (o temido prazo para a finalização de cada edição), os estudantes produziram o Jornal da Reconstrução, um periódico que tem o objetivo de informar a população de São Luiz do Paraitinga sobre as etapas do processo de reconstrução do município.

Todas as sextas-feiras de manhã, o grupo partia para São Luiz e se encontrava com o Editor e o Chefe de Redação. Após a reunião de pauta, que definia os assuntos que serão abordados, os alunos tinham dois dias para apurar as matérias e um dia para escrevê-las. Toda a correria valeu a pena: além de participar de uma experiência que pôde contribuir para a formação profissional, eles puderam trabalhar com profissionais de destaque na área, Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa, e Tadeu de Campos, que foi repórter do Estado de S. Paulo por 26 anos. “Trabalhar ao lado de jornalistas de renome foi desafiador, mas, ao mesmo tempo, foi uma oportunidade de testar nossos conhecimentos e de aprender com quem tem muita experiência em jornalismo”, conta o estudante Pedro Funchal.

Para o estudante Felipe Guerra, a experiência do jornal também contribuiu muito para a formação pessoal do grupo. “Conversamos com muitas pessoas que, meses após a tragédia, ainda se encontravam em situações difíceis. Muitas vezes, elas choravam na entrevista; às vezes, nós é que chorávamos ao encerrarmos a conversa. Com aquelas pessoas, recebemos uma grande lição de simplicidade e humildade.”

O Jornal da Reconstrução é um Projeto de Extensão da UNITAU e tem 8 edições publicadas e distribuídas para a população luizense. A participação proporcionou aos alunos envolvidos a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas salas de aula e os estudantes ainda puderam acompanhar de perto o processo de reconstrução da cidade. “Participar do projeto me aproximou de situações que eu não havia vivenciado. Pude colocar em prática o exercício do jornalismo e hoje já posso dizer que meu olhar sobre o mundo é um pouco mais sensível”, explica Maria Clara Carvalho.

(Por Rafaella Teixeira)